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Gabi: Você me chamou de pequena demais, mas…

Em tempos de transformação para a seleção brasileira feminina de voleibol, Gabriela Braga Guimarães, conhecida como Gabi, permanece como um ponto vocal constante. As medalhistas de bronze de Paris 2024 perderam Ana Cristina devido a uma lesão no joelho, seguida pela surpreendente aposentadoria internacional de Ana Carolina este mês. Isso traz ainda mais responsabilidade para os ombros de Gabi, que capitaneia a Seleção desde 2022. Ela demonstrou sua habilidade de orquestração no Campeonato Mundial de Voleibol Feminino FIVB 2025, levando o Brasil ao topo do Grupo C com um recorde de 3-0 e às quartas de final.

“Eu tenho tentado desenvolver muito a minha liderança”, diz Gabi à (ligação indisponível) “Eu tento dar um exemplo aqui dentro da seleção nacional, especialmente para ensinar as meninas a importância da nutrição, recuperação, treinamento. Você não pode ser apenas aquela mãe grande na quadra. Eu tento comunicar muito mais para mostrar a elas o que precisa ser feito. Mas acho que o principal é ajudá-las para que elas possam assumir suas próprias responsabilidades. Eu não sou tão agressiva quanto outras garotas porque vimos outros tipos de líderes, mas eu tento ter essa liderança muito mais do que comunicação”.

Desde sua estreia na seleção nacional em 2012, a atleta de 31 anos emergiu como uma das estrelas mais brilhantes e peças-chave do time, ajudando-os a conquistar uma medalha de prata em Tóquio 2020 em 2021, antes de levar o bronze em Paris no ano passado. Isso foi seguido por uma quarta medalha de prata em seis edições da Liga das Nações de Voleibol (VNL), eventualmente superada pelas campeãs olímpicas Itália em Łódź, Polônia. Isso evoca sentimentos mistos em Gabi, orgulhosa do esforço, mas longe de estar satisfeita.

“A terapia é muito importante, assim como a autoconsciência”, explica ela. “No voleibol, estamos sob pressão para vencer o tempo todo; prata nunca é boa o suficiente. Mas as pessoas também não entendem que nós não estamos satisfeitos também. Eu odeio perder; eu não sorrio quando ganho prata ou bronze. Mas isso não me faz desvalorizar o processo e o trabalho que foi feito”.¹ ²

Gabi, a jogadora brasileira de voleibol, é um exemplo inspirador de superação e dedicação. Apelidada por seu ex-treinador Stefano Lavarini como “a filha do Deus do voleibol”, talvez um novo apelido mais adequado possa ser *”A Força Mineira”* ou *”A Rainha da Quadra”*, refletindo sua liderança e habilidades excepcionais no esporte.

Gabi começou a jogar voleibol apenas aos 14 anos, após experimentar outros esportes como futebol, tênis e natação. Apesar de medir 1,80m, altura acima da média para uma mulher brasileira, ela foi considerada baixa para o voleibol em seus primeiros dias, o que a levou a trabalhar ainda mais arduamente.

“Não vou mentir, não é fácil”, confessa Gabi. “Entendi durante minha carreira que teria que remar um pouco mais forte do que todos os outros. Minha altura realmente dificulta: preciso ser muito fisicamente apta para me mover pela quadra, preciso saltar ao meu limite em cada bola, então sempre preciso de uma perna forte. Não é fácil fisicamente”.

Gabi adotou um estilo de vida rigoroso, priorizando sono, alimentação e recuperação, praticamente abrindo mão de atividades sociais para focar no esporte. “Brinco que sou quase uma senhora idosa, que não faço nada, durmo como um condenado para poder descansar e me recuperar. Esse é o preço que pago, certo? Temos que abrir mão de muitas coisas, mas no meu processo, tive que entender que preciso fazer ainda mais”.

Essa dedicação transformou Gabi em uma das principais jogadoras da Seleção Brasileira, capitaneando o time desde 2022. Ela coleciona conquistas impressionantes, incluindo quatro títulos do Campeonato Sul-Americano, quatro medalhas de prata na Liga das Nações de Voleibol (VNL) e duas medalhas em Campeonatos Mundiais, destacando-se como uma referência para a equipe, especialmente após a ausência de Ana Carolina, carinhosamente chamada de ‘Carolana’.¹ ² ³

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